Quando realizamos sonhos, o medo toma conta da gente, nosso coração dispara, as pernas ficam trêmulas, os joelhos mal conseguem se aguentar e a barriga dói… Fica difícil segurar a euforia, a incredulidade!
Ao confiarmos nestes sonhos, seguimos nosso coração de uma maneira plena, esse medo continua, porém acompanhado de borboletas no estômago, tudo parece ainda mais complicado, pois nos revelamos ao mundo, almejando realizações muito íntimas.
E sentimos medo: Medo de ser quem você é, pois isso exige coragem, determinação e fé!
Exige colocarmos nosso coração acima das outras pessoas e dessa forma podemos magoar á quem tanto amamos. No entanto, percebemos que aqueles que nos amam de verdade estarão dispostos aceitar nossas escolhas mesmo que estas sejam muito diferentes das expectativas deles.
E sentimos medo: Medo de magoar, de decepcionar, medo de desagradar!
Quando as coisas boas aparecem, ficamos chocados, incrédulos, pois é sempre mais fácil acreditar nas coisas ruins, afinal já estamos tão acostumados com as criticas, com as lágrimas molhando o travesseiro á noite, com o pessimismo e inveja alheia, que acreditar na evolibertação e na autenticidade fica cada dia mais impossível.
E sentimos medo: Medo de acreditar que coisas boas acontecem de verdade em nossas vidas.
Ai de repente o jogo vira e você deixa de ser a infeliz coadjuvante para tornar-se pessoa, assumindo o seu devido lugar de protagonista da sua própria existência, que responsabilidade grande, ser o autor e ator dessa história.
E sentimos medo: Medo de assumir nosso lugar ao mundo…
O mundo vira de ponta cabeça, fica enlouquecidamente diferente, mas para seu coração tudo aquilo começa a fazer sentido e a vida então, lhe presenteia com coisas boas, lhe proporciona todas as respostas que esperava á tempos.
E sentimos medo: Medo das respostas avassaladoras, das certezas, dos possíveis caminhos…
Você então abandona aquele papel que sempre esteve confortavelmente ali, sendo religiosamente cumprido para agradar as pessoas, aquele papel da pessoa medrosa, sem grandes expectativas, escondida, acuada e acreditando em tudo que lhe diziam de ruim, suportando todo o lixo que era depositado em seu jardim.
E sentimos medo: Medo que seu jardim apodreça, antes que você possa cultivá-lo!
Um jardim já tão infectado e sobrecarregado com o lixo alheio que não encontrava as condições favoráveis para que florescesse todas as modalidades de flores possíveis. Mas uma força maior que tudo se apresenta e aquele terreno volta a ser o que era: sensível e ao mesmo tempo forte, e enfim, você começa a valorizar a vida, valorizar seus sentimentos, seus momentos, começa a se valorizar e descobre dentro de si, um mundo de potencialidades.
E mais uma vez, sentimos medo, porém a vontade de seguir é tremenda!!!
Abraços afetuosos,
Ana Carol.